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Mostrando postagens de 2009

Feliz 2010!

2009: Madeira, Xingu, Tapajós, hidrelétricas, energia, indígenas, populações tradicionais, CPI, Direitos Humanos

Janeiro Denunciada a mortandade de peixes nas obras das ensecadeiras da usina de Santo Antônio, no rio Madeira. Foi divulgado o estudo do Físico Fernando Ramos Martins da Divisão de Clima e Meio ambiente do CPTEC/INPE, que demonstrou que os ventos da do nordeste poderiam atender cerca de 60% da necessidade de energia do Brasil. Energia eólica, pacífica e sem agressão. Fevereiro Frases “O Brasil fechou acordo para construir hidrelétricas no Peru. São cinco, com a primeira já contratada e depois mais 10 [totalizando 15 hidrelétricas] e mais 2 na Argentina. Vamos incorporar todos esses Mw ao Brasil”. “No Canadá os índios pediram as hidrelétricas. Vamos [o MME] trabalhar para que os índios brasileiros também peçam” do Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante o Colóquio – Conservação e Eficiência Energética, Brasília, em 19 de fevereiro de 2009. “Esses 80 GW [ potencial de energia hidrelétrica em UCs e Terras Indígenas] não podem ser aproveitados agora, mas serão reexaminados”

Expedição confirma presença de índios isolados perto de hidrelétrica em RO

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23 de dezembro Blog da Amazônia Altino Machado Uma expedição que percorreu a Estação Ecológica Mujica Nava, em Porto Velho (RO), constatou vestígios da presença de índios isolados numa faixa entre 10 e 30 quilômetros do canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau. A expedição, realizada entre os dias 26 de novembro e 10 de dezembro, também encontrou dois garimpeiros que avistaram oito indígenas na margem da estrada de um garimpo. Os depoimentos deles foram gravados em áudio e vídeo. Os garimpeiros transitavam de moto quando avistaram os índios na margem da mata. Os índios estavam a uma distância de aproximadamente 80 metros. Assustados, os garimperiso aceleraram a moto. Os indígenas, também assustados, entraram na mata. Os garimpeiros estacionaram a moto mais à frente do local onde os índios entraram na floresta. Quando olharam para trás viram que os índios haviam retornado à beira da estrada e os observavam. Alguns índios estavam nus e outros usavam roupas velhas e rasgadas. Out

Lamento do rio Xingu

Iniciei minha vida em terras distantes Tenho seguido por vales, planícies e montes Meu dossel tem sido defendido com luta, mas sigo conquistando meu caminho Passando e passando e vendo tudo mudar Aos poucos, sutilmente. Os vales não são mais tão verdes, e as várzeas nem tão vivas Sinto passar por mim a energia e sinto o sopro do perigo Terras escorrem, nas minhas margens, qual sangue de ferimento O miasma da vida se esvai e o ar, sinto faltar. Meus lamentos foram ouvidos, distantes deste leito Em terras faltantes e, no vácuo, em que nunca ecoam Meu reino está ameaçado e minha alma destroçada Sinto a vida se esvaindo e o amor falso me consumindo. Alguém ouviu meu lamento e, ao fundo, meu borbulhar Sou rio, tento gritar, mas no silêncio estou fadado a fraquejar Quem me dera continuar meu caminho Quem me dera sua alma vivesse nas moléculas do meu ser. Aliado amigo, sem você não vou sobreviver Não terei forças sem tuas mãos e não serei senhor sem ti, meu defensor. Minhas águas vão percorre

Glenn Switkes

Morreu hoje nosso grande amigo Glenn Switkes. Nossa luta ficará mais difícil sem ele.

Belo monte de mentiras! Parte V (última)

Oswaldo Sevá A tal liminar que impedia as Audiências foi derrubada, e em Setembro, o IBAMA as fez acontecer nas sedes de três municípios da região que seria diretamente atingida: Brasil Novo, Vitória do Xingu e Altamira, e depois na capital estadual, Belém. Assim que se encerrou esse ciclo, conturbado, cheio de golpes de mão por parte do IBAMA, já foi garantido que a Carteira de Habilitação vai ser dada de todo modo, e logo!! Conforme a agencia noticiosa do próprio governo federal: “O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc disse, em entrevista à Agência Brasil, que a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, deverá ser concedida “provavelmente” no mês de novembro. Ele lembrou que esta semana foram concluídas as quatro audiências públicas que o governo realizou para tratar do tempo e “aparar arestas”, a última das quais em Belém (PA). “A partir do encontro de Altamira (PA), foi aberto um prazo legal de 15 dias para a apresentação de novas propostas e questionamento

Frustração dos movimentos sociais na entrega de documento ao presidente do BNDES

Frustração. Esse foi o sentimento dos representantes de populações impactadas pelos projetos financiados pelo BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Reunidos no dia 25 de novembro na sede do banco, o grupo de lideranças sociais foi recebidos pelo presidente da instituição, Luciano Coutinho, mas não saiu com nenhuma de suas reivindicações reconhecidas. Assista aqui a reportagem produzida pela Plataforma BNDES e veiculada na TV Brasil.

Atingidos pelo BNDES

ATINGIDOS – I ENCONTRO SULAMERICANO DE POPULAÇÕES IMPACTADAS POR PROJETOS FINANCIADOS PELO BNDES Os representantes de movimentos sociais, organizações representativas, organizações não governamentais e das populações de países de nossa América do Sul e dos quatro cantos do Brasil, presentes ao “I Encontro Sulamericano de Populações Impactadas por Projetos Financiados pelo BNDES”, organizado pela “Plataforma BNDES” , vêm expor os impactos sociais e ambientais e as violações de direitos de um modelo de desenvolvimento que alimenta uma absurda concentração da riqueza, por meio de investimentos nos setores de mineração e siderurgia, papel e celulose, petróleo e gás, etanol, hidrelétricas e agropecuária. Estes investimentos são viabilizados pelo principal instrumento do Estado brasileiro de financiamento de longo prazo: o BNDES. Continua... Leia o documento na íntegra, clicando aqui

Indústria de hidrelétricas

Dá para acreditar que o Brasil está estabelecendo cooperação com o Irã para construção de hidrelétricas e termelétricas em outros países e ainda produzir em conjunto turbinas e equipamentos para essas construções? Quem estará por trás disso tudo? Talvez as grandes empreiteiras em busca de novos mercados que não tenham tantos “entraves” ambientais. Está ficando difícil aqui na América do Sul, pois os movimentos sociais e organizações da sociedade civil estão se articulando cada vez mais. Os países africanos ainda estão vulneráveis ao assédio das empreiteiras brasileiras que acenam com desenvolvimento à custa do sacrifício dos recursos naturais.(TM)