quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Dropes do dia

Grandes ONGs e algumas pequenas, também, estão dando aval à construção de PCHs como forma de gerar energia com menos impactos. O Greenpeace, no documento Cenário (r) evolução Energética,  defende como solução para substituir as usinas do Madeira e Belo Monte, a geração hídrica por PCHs....
Só que esqueceu de levar em consideração que as PCHs estão sendo utilizadas para beneficiar principalmente as empreiteiras e as indústrias de alumínio (auto-produtoras) que buscam terras baratas no interior de estados como Minas Gerais. Até o rio Tietê em São Paulo, não escapou e foi objeto de inventário. Aguarda a autorização da ANEEL para a construção de duas PCHs, justamente nas duas únicas corredeiras que servem para aerar as suas águas sem vida.
 As PCHs planejadas, que agora receberam o selo verde do Greenpeace, vão esquartejar  rios e, ainda, vender créditos no mercado de carbono. Como bem disse um respeitadíssmo professor e pesquisador do GTEnergia, “trata-se de uma catástrofe silenciosa, pois não há pernas suficientes para  denunciar os impactos sociais e ambientais daqueles projetos” (...) “as barragens não são uma revolução - são evolução, sim, de uma  política energética jurássica!” TM
Será que a Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que é até madrinha de parque eólico no Rio Grande do Sul, não vai manifestar alguma sensibilidade e começar a defender o aproveitamento dos ventos brasileiros para gerar os tão sonhados megawats que o governo insiste que vamos precisar?...
 Para o setor elétrico e para o governo energia boa é aquela que vem do armazenamento de água ou das criminosas térmicas. No planejamento da expansão de energia para o horizonte 2017, a eólica participará com mísero 0,9%.
Pergunto: A geração eólica foi incluida no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (Reidi), que reduz custos de grandes investimentos? Recentemente, foram incluídas nesse regime as hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia. Com o Reidi a empresa poderá contratar serviços, equipamentos e material a serem usados em obras do PAC com suspensão de dois tributos federais: PIS e COFINS.
Até as poluentes térmicas movidas a óleo, leiloadas recentemente, vão se beneficiar do Reidi! TM
O Banco Nacional de Desenvolvimento Social  (BNDES) vai ampliar sua participação nos financiamentos em empreendimentos de energia elétrica. De 60% passará para 80%....
O Tesouro Nacional já tinha repassado R$ 100 bilhões ao BNDES para tapar o buraco que a crise financeira global criou. As obras do Plano de Aceleração de Calamidades, precisam de dinheiro e como disse Dilma Roussef, ontem, o PAC era um “boizinho” magro que agora já está bem “gordinho”.  TM

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